Cenário da indústria automobilística no Brasil

 
O número de novos automóveis circulando teve um aumento notável nos últimos anos no Brasil. O principal motivo foi a mudança da moeda que possibilitou na década de 90 o parcelamento em mensalidades iguais, tornando mais viável a compra de carros 0 km, além da abertura do país para importação.
Essa oportunidade foi introduzida quando o Real foi adotado como moeda brasileira no governo de Itamar Franco, com Fernando Henrique Cardoso, na época, ministro da Fazenda, e posteriormente eleito presidente da República. Só para ter uma ideia da instabilidade monetária do país, entre os anos de 1986 e 1993, o país teve 5 diferentes moedas e a inflação trazia tanta instabilidade que era impossível imaginar qual seria o preço de um produto no dia posterior.
Apesar da inflação ainda existir atualmente e houver a necessidade de tomadas de medidas que a controlem, o consumidor brasileiro tem um acesso maior aos produtos por poder aplicar o parcelamento na compra de bens duráveis, a forma mais utilizada pela população.
Empresas multinacionais apostam em um número cada vez maior na inauguração de montadoras e fábricas em solo brasileiro, o que responde a demanda do país. E como todo mercado que consegue se manter e abranger mais clientes acaba abrindo espaço para várias negociações ligadas ao mesmo setor, não é difícil encontrar empresas de seguro auto e consórcio para carros, elas respondem à necessidade dos motoristas no que se refere a serviços essenciais para a indústria automobilística e que andam junto com ela, se uma cresce, outras ganham espaço e clientela também.
Se o país ainda não tem uma marca autêntica nacional, a chegada de novas empresas é vista não só como injeção na economia do país mas como desenvolvimento local e possibilidade de novos empregos. A Índia e China já deram a partida para a fabricação de marcas locais, mas o Brasil não conseguiu ainda disparar na mesma velocidade para a fabricação de uma marca autêntica nacional.
Com as novas nove fábricas no país deverão ser ao todo 25 indústrias multinacionais espalhadas pelo Brasil até 2015. São Paulo dispara como o maior número, mas a descentralização já começa a dar alguns passos, Pernambuco e Bahia são estados brasileiros do nordeste que exemplificam o escoamento para outras regiões.
Mas o aumento de frota também implica em mais trânsito, com o déficit no transporte público a tendência dos moradores é utilizar mais os automóveis privados e as vias públicas não estão prontas para receber essa quantidade de veículos. A necessidade de buscar soluções para sérios problemas que aparecem diariamente em várias populosas cidades é indispensável.

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