Entre os dias 06 e 07 de agosto estiveram reunidos em Caxambu, Minas Gerais, centenas de admiradores do cuore sportivo italiano. Os apaixonados pela Alfa Romeo vieram de todas as partes do país, de Recife/CE a Porto Alegre/ RS. Além da exposição dos carros, o evento contou com a presença de nomes ilustres, palestra e leilão.
“O Encontro Alfa Romeo 2011 foi simplesmente espetacular! Valeu cada minuto de dedicação que aplicamos para fazer acontecer e demonstrou o valor que o alfisti brasileiro concede à marca Alfa Romeo e seus carros”, declara Túlio Silva, presidente do Alfa Romeo Clube de Minas Gerais.
A abertura oficial do encontro se deu em frente ao tradicional Hotel Glória, com a revelação da Alfa Romeo Mi-To, modelo ainda não disponível no Brasil. Exemplar da nova geração, com desenho moderno e tamanho compacto. Ao redor carros da marca entre nacionais e importados, onde o mais antigo – modelo JK de 1962 – ganhou premiação.
“Foram 75 exemplares de um só marca. Uma grande oportunidade de conviver com os modelos novos e antigos”, conta Guilherme Jardim, diretor de eventos do Alfa Romeo Clube de Minas Gerais, responsável pelo encontro. Destaque para Alfas Road Trip. Grupos de apaixonados que partiram de Florianópolis, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo e foram rodando com as suas macchinas até Caxambu. Este último, com nove carros do modelo 2300, a única Alfa Romeo brasileira reconhecida pela matriz italiana.
Personalidades - O suíço Axel Marx, um dos maiores especialistas da marca no mundo, disse sobre o encontro “Algumas coisas me impressionaram. A primeira a paixão pela marca dos brasileiros, embora tenham dificuldades para manter a sua coleção. É impressionante! Em segundo, a gentileza dos organizadores e participantes. Ainda, o lugar é muito bonito, bem escolhido”. Para se ter uma idéia da sua importância, Axel foi consultor na concepção do modelo 8C Competizione, carro que recuperou o status de design clássico da empresa italiana.
A palestra foi com o alfista Robson Cotta sobre os “51 anos de Alfa Romeo no Brasil”, apresentando layouts originais de época. O leilão contou com algumas peças de Roberto Nasser, curador do Museu Nacional do Automóvel de Brasília, que se fez presente. Esta iniciativa entre o Museu e o Alfa Romeo Clube de Minas Gerais é em prol da restauração de um importante modelo de corrida, ainda não oficial, do acervo de museu no interior de São Paulo que está sendo revitalizado.
Chegamos ao final dos posts desta nossa segunda visita à Europa. Poder viajar e conhecer novos lugares, novas pessoas, novos costumes, tudo isso é muito interessante. Lembro da primeira vez que viajei ao exterior, no final de 2009. O destino era Paris, França. Ansioso, não via a hora de chegar ao destino final, e quando cheguei foi uma emoção muito grande poder ver coisas novas, e poder dizer: eu realmente fui e sei como é lá!
Viver literalmente muitas aventuras e situações inusitadas, e que às vezes nos dão até um frio na barriga. É muito bom poder viver tudo isso. Me perdi bastante, peguei ônibus errado, metrô errado, andei a toa por ruas que não precisava percorrer até chegar ao local pretendido. Conheci pessoas de vários países, alguns bem longínquos, vi um pouco de tudo, vivi um pouco de tudo e se pudesse faria tudo de novo. Eram experiências novas para mim. Mas antes mesmo de embarcar para a Europa tudo, algumas mudanças de planos aconteceram.
No programa desta segunda viagem, me programei para descer no Aeroporto de Malpensa, em Milão, na Itália. Mas, todos os vôos que saíam de Guarulhos estavam todos muito lotados na semana marcada, e por conta disso tentei embarcar durante três dias e não conseguia vagas. Então resolvi alterar meu o vôo. Neste momento meu objetivo era apenas chegar na Europa, e poder seguir até a cidade Turim, na Itália, que serviria de base para esta viagem. Troquei a passagem de Milão para Paris, pois os vôos estavam saindo mais tranqüilos e existem dois deles que partem diariamente do Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Após três dias tentando, consegui finalmente um embarque para o Velho Continente, com destino ao Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. Como no início do ano passado já havia passado por Paris, ficou mais fácil se locomover pela cidade. Após 12 horas de vôo lá estava eu na cidade luz, a cidade mais visitada do mundo, e um dos destinos mais desejados por quase todo turista. Aproveitando a minha passagem por Paris, resolvi ficar dois dias na capital francesa. E mais uma vez visitar a Torre Eiffel e passar na famosa Avenida Champs Elysées para ver as novidades.
Torre Eiffel - Cartão postal da cidade luz
Arco do Triunfo
Citroën DS3 WRC 2011 - Sébastien Loeb
Como eu precisava ir a Turim, na Itália, comecei a pesquisar em Paris como eu poderia chegar até a cidade italiana. De avião não havia muitas opções de escolha, pois eu teria que me deslocar mais e o valor da passagem não se comparava com a ida de trem. Já de trem, a viagem duraria em torno de 5 horas e de avião apenas 1 hora e meia. Resolvi então ir de trem, por ser mais em conta, e ainda aproveitar um pouco da paisagem dos Alpes e dos campos franceses. Embarquei na estação de metrô Gare du Lyon, ao sul de Paris. Esta estação é enorme e recebe trens de vários outros países inclusive de Londres na linha do EUROSTAR.
Andando pelas ruas de Turim, Itália
A passagem do trem TGV custa 68 euros, e desembarquei na Estação de metrô Porta Sussa já dentro de Turim, na Itália. Confesso que ficar 5 horas dentro do trem não foi tão agradável, mas tudo correu bem. O curioso, é que diversos imigrantes também usam este tipo de linha para ir ou vir entre os dois países. Em Turim fui visitar a Fiat no bairro de Lingotto e Mirafiori. Boa parte das pessoas que moram nesses bairros trabalham na Fiat. E como Turim foi à cidade base desta viagem, aproveitei também para visitar a cidade de Cambiano, a sede do renomado Stúdio de Design Pininfanria, que fica pouco quilômetros de Turim.
Em frente a entrada principal da Fiat em Turim, Itália
Na sede do Stúdio Pininfarina - Cambiano, Itália
Ferrari FF 2012 - Design by Pininfarina
A minha estada na Itália durou cerca de 15 dias e consegui visitar novamente à cidade de Maranello, lar das Ferrari. Saí de Turim em um domingo de sol, e mais uma vez, viajei de trem por cerca de duas até chegar a Modena, cidade que fica ao lado de Maranello. Depois peguei um táxi e finalmente cheguei na casa da Ferrari, e confesso que foi um dos momentos mais marcantes desta viagem.
Ferrari 458 Itália de Test-Drive
Pude ver tudo novamente, e cheguei a conclusão de que estar em Maranello é um desses sonhos que a gente fica feliz por realiza-lo. Foi muito emocionante estar naquela cidade, e mesmo tendo viajado sozinho eu falava comigo mesmo: não poder ser...estou em Maranello, em pleno domingo na casa da Ferrari !!!
Pepe - Instrutor do Test-Drive
Em frente a Pista di Fiorano - Circuito onde todas as Ferraris são testadas
Quando eu estava conversando com o Pepe, instrutor da Warm-Up, que além de vender suvenirs e outros produtos oficiais da marca italiana, ainda disponibiliza teste-drives com alguns superespotivos italianos. O maior publico que realiza test-drives na loja e que visitam a cidade de Maranello é composto por brasileiros, em segundo os americanos e em terceiro os europeus e asiáticos, confidenciou-me o funcionário da loja, que também participa dos test drives, ora como piloto, ora como co-piloto, a depender do tipo de teste escolhido pelo cliente.
E por ter vivido todas essas experiências, posso afirmar que viajar mundo a fora é algo muito bom e prazeroso. Poder conhecer novas culturas, ou passar por situações inusitadas, fazem parte do roteiro, e pude desfrutar cada um desses momentos como se fosse um único, com o maior prazer e felicidade. Sempre que viajo lembro de duas citações de Amyr Klink. E essas citações são realmente o que um viajante deve conviver antes de julgar ou expor sua opinião sobre o lugar ou país que ele pretende conhecer:
Citações de Amyr Klink:
" Passados dois meses de tantas histórias, comecei a pensar no sentido da solidão. Um estado interior que não depende da distância...nem do isolamento; um vazio que invade as pessoas... E que a simples companhia ou presença humana não pode preencher. Solidão foi a única coisa que eu não senti, depois que parti...nunca...em momento algum. Estava, sim, atacado de uma voraz saudade. De tudo e de todos, de coisas e de pessoas que há muito tempo não via. Mas a saudade às vezes faz bem ao coração. Valoriza os sentimentos, acende as esperanças e apaga as distâncias. Quem tem um amigo, mesmo que um só, não importa onde se encontre, jamais sofrerá de solidão; poderá morrer de saudade...mas não estará só!"
"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”.